sábado, 24 de abril de 2010

Chrome entra em guerra contra o HTTP



O navegador Chrome está querendo remover o clássico “http://” da sua barra de endereços. A gritaria foi grande e o Google voltou atrás. Por enquanto.

Tudo bem que a sigla – que indica protocolo de transferência de hipertexto (hypertext transfer protocol, em inglês) – se repete no endereço da maioria dos sites. E é natural. Ela funciona como indicativo do sistema de comunicação que permite que a web exista. Por outro lado, pouca gente sabe o que a abreviatura significa ou dá importância para essas quatro letras. Como o Google é o “guardião da simplicidade”, resolveu facilitar a vida do pessoal e eliminar o http:// do mapa na versão 5.0.371.0 do Chrome, usada apenas por desenvolvedores.

Os engenheiros de Mountain View se esqueceram de uma coisa importante. Embora hoje não seja mais necessário digitar a sigla antes de cada endereço na barra do navegador, ela ainda é necessária na web. Ninguém vai conseguir compartilhar um link, por exemplo, se não incluir o http://. E se as pessoas não souberem mais que ele existe, vão acabar deletando as letras ou se confundindo. E como ficariam outros protocolos, como o https:// e o ftp://? Em vez de simplificar, a coisa pode se complicar bastante.

Para evitar problemas maiores, o Google removeu as mudanças na versão 5.0.375.17 do Chrome e a sigla voltou a aparecer. Isso não quer dizer que o pessoal desistiu. “Estamos analisando as questões de usabilidade levantadas e planejamos reintroduzir as mudanças no futuro”, escreveram os engenheiros no blog Chrome Releases, que informa as mudanças feitas em cada uma das versões do Chrome.

Qual seria o Plano de Banda Larga ideal?


Às vésperas da decisão, sobram indefinições sobre os detalhes do Plano Nacional da Banda Larga: Demi Getschko, um dos pais da internet brasileira, comenta sobre o que acha do projeto

SÃO PAULO – Se a internet tivesse que optar por apenas um patrono em cada país, é bem provável que, no Brasil, o eleito seria Demi Getschko, atual diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1975, Getschko foi um dos principais responsáveis pela primeira conexão TCP/IP no Brasil, em 1991, ligando a FAPESP, onde trabalhava, ao Energy Sciences Netword (ESNet), nos Estados Unidos.
A partir do feito, o “pai da internet brasileira” continuou intermediando conhecimentos e conexões tecnológicas em diversas empresas e universidades pelas décadas seguintes, tanto no Brasil quanto fora dele, sempre ligado às questões de internet e seus desdobramentos. Em seu currículo, estão passagens com grandes cargos em Agência Estado, iG, Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), além de ser Conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) desde 1995.

Como bom engenheiro, Getschko evita usar o adjetivo “larga” para se referir ao termo banda, pois, segundo o próprio, a palavra carrega diversas conotações que podem variar de profissional para profissional e, sobretudo, de um país para outro – exemplificando, ainda que a grosso modo, a velocidade de banda larga na Índia pode ser uma conexão pífia no Japão, e por aí vai.

Ele também sempre procura a tangente quando é procurado para falar do Plano Nacional de Banda Larga, visto que não participou sequer indiretamente do projeto e sabe da complexidade de um assunto cujo futuro nem mesmo os envoldidos do governo ousam palpitar.

Mesmo com todas essas ressalvas, Getschko topou conceder uma entrevista a INFO Online em que não faltou nenhuma opinião: falou sobre inclusão, infra-estrutura, velocidade, incentivos, empresas privadas, iniciativas governamentais e tudo mais que envolve o Plano Nacional de Banda Larga a ser apresentado nas próximas semanas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Como colocar mais de 4GB no Windows?



Outra pergunta muito freqüente nos fóruns de tecnologia é: “Como colocar mais de 4GB de memória RAM no Windows XP, Vista ou 7?”.

Na verdade, esse é um problema antigo de arquitetura dos processadores de 32 bits, mas como memória custava caro, ninguém nunca chegava a ter esse tipo de problema. Quando o sistema operacional roda em 32 bits – processador de 32 ou de 64 rodando 32 –, a quantidade máxima de memória que o processador consegue trabalhar é 3,25GB.

As versões Vista e 7 do Windows conseguem exibir a quantidade de memória que está conectada na placa mãe, mas mesmo assim continuam usando somente os 3,25GB.

Obviamente a explicação é um pouco mais complexa. Se você se interessou pelo assunto, pode dar uma olhadinha nestes dois textos do pessoal da Microsoft:

Windows Vista ou Windows XP Service Pack 2 ou versão posterior:
http://support.microsoft.com/kb/888137/pt-br
Endereçando além de 4GB com sistemas operacionais Windows de 32 bits:
http://technet.microsoft.com/pt-br/library/cc668496.aspx

Mas então eu nunca poderei colocar mais do que 4GB de RAM no meu PC?

Para usar mais do que 4GB, a única solução é trocar a versão do Windows de 32 para 64 bits.

Mas isso causa outros problemas. Nem todos os softwares do mercado possuem uma versão e/ou compatibilidade para sistemas operacionais 64 bits. Outro problema é que os hardwares mais antigos raramente possuem drivers para o Windows 64.

Então, antes de fazer a migração, verifique se todos os softwares e drivers que você usará rodam em uma arquitetura de 64 bits.

Eu tenho que usar Windows 32 bits! Como vou fazer se quiser colocar mais memória?

A pergunta mais importante a se fazer é “preciso realmente de mais de 4GB de memória RAM em meu computador?” A maioria dos programas rodam muito bem com 1GB de RAM. 2GB já entra no “nível ótimo”, ainda mais com a chegada do Windows 7, que não é um devorador de memória.

Então não fique preocupado se o seu Windows não roda mais do que 4GB de RAM. Embora a passagem para sistemas operacionais de 64 bits sejam inevitáveis, essa alteração será feita de maneira gradativa e imperceptível para a maioria das pessoas. Afinal, alguém se lembra de quando os fabricantes de computadores abandonaram os 16 bits e colocaram os processadores de 32 no mercado? Eu sequer percebi!
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